VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Violência exercida contra uma pessoa ou grupo por conta de seu sexo ou gênero. Pode ser exercida por um homem contra outro, por uma mulher contra outra, porém, se difundiu a partir das violências cometidas por homens contra mulheres pelo fato da sociedade ser regida pela lógica patriarcal, que valida o homem como detentor de poder.

IGUALDADE DE GÊNERO

Luta por igualdade entre os gêneros e pelo combate às assimetrias que calcam a sociedade. O conceito é conduzido pelo pressuposto de que mulheres e homens devem desfrutar de oportunidades, escolhas, capacidades, poder e conhecimento iguais.

MISOGINIA

Sentimento de ódio, desprezo ou aversão às mulheres e meninas apenas por serem mulheres. Resulta em práticas machistas como exclusão, violência e discriminação.

PATRIARCADO

Forma de organização social que tem como figura de superioridade e autoridade o homem, ocasionando desigualdades de gênero e hierarquias. A ordem patriarcal justifica a dominação e a exploração de mulheres pelos homens. Segundo Saffioti (2004), no binômio dominação-exploração da mulher, os dois polos da relação têm poder, mas de maneira desigual.

INTERSECCIONALIDADE

Conceito criado em 1989 por Kimberlé Crenshaw, ativista americana de direitos civis e intelectual. Busca refletir sobre os cruzamentos entre sexo, gênero, raça, etnia, classe social, orientação sexual e as inúmeras discriminações decorrentes desses marcadores.

TETO DE VIDRO

Metáfora utilizada para ilustrar invisibilidades e barreiras que se estabelecem nas relações de trabalho e que impedem determinado gênero, sobretudo as mulheres, de alcançar posições superiores, independentemente de suas capacidades e competências. Ocorre no setor privado, público, na política institucional, ou seja, em todos os espaços organizados de forma hierárquica.

FEMINICÍDIO

Crime de ódio baseado no gênero, especificamente no assassinato de mulheres. A Lei nº 13.104/2015 o torna um homicídio qualificado, realizado em razão de violência doméstica e familiar, e menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Associa-se às relações de poder estabelecidas socialmente, que atribuem aos homens suposta condição de superioridade.

MACHISMO

Atitude e comportamento pautados na lógica da superioridade masculina, que não reconhece ou rejeita a agência e a autonomia das mulheres. É a ideia de que, pelo fato das mulheres serem inferiores, devem se submeter a determinadas condições e situações pelo simples fato de serem quem são. É uma opressão estrutural que se manifesta de inúmeras formas.

SEXISMO 

Conjunto de atitudes discriminatórias e de objetificação com base no sexo ou gênero, embasado nos papéis sociais atribuídos pelo patriarcado. Parte do pressuposto de que as mulheres são inferiores, reiterando estereótipos de cada gênero, como a forma de agir, falar, vestir, pensar, e se relacionar.

GÊNERO 

Conjunto de normas que modelam os indivíduos em homens e mulheres, expressas por meio de condutas presentes nas relações sociais.

LABIRINTO DE CRISTAL

Empecilhos sofridos por mulheres no decorrer de suas trajetórias acadêmicas, resultando no atraso de seus percursos na ciência ou até mesmo na desistência de permanecerem nesse espaço. O conceito foi idealizado pela pesquisadora Betina Stefanello Lima.